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Professor nativo x não nativo

Hoje venho falar de um assunto polêmico: professores não nativos!

Ah, mas puxa vida, quem é nativo sabe a língua estrangeira na sua forma mais genuína.. etc…

Allora (então)…

É certo que grande parte das pessoas interessadas em aprender um idioma tende a buscar professores nativos: buscam italianos para aulas de italiano, alemães para aula de alemão e assim por diante. O que, claro, pode ser muito bom por vários fatores, por exemplo: ouvir um acento bem marcado e mais natural que foge dos áudios dos livros didáticos, possivelmente aprender mais curiosidades gerais sobre a língua e o país (expressões idiomáticas, etc…) e, claro, mais legal ainda será se o professor em questão for formado em um curso de línguas que lhe tenha oferecido um conhecimento melhor e mais aprofundado sobre a língua a ser ensinada (afinal, você, nativo brasileiro e formado em engenharia mecânica, por exemplo, sente-se a vontade para ensinar para alguém sua língua materna? e quando alguém te perguntar o que é uma oração subordinada completiva nominal?).

Porém, ao termos aulas com nativos, muitas vezes não temos as nossas questões bem esclarecidas. Digo por experiência própria: em todo o meu percurso tive aulas com italianos e com brasileiros e, no geral, em aulas de língua italiana na parte gramatical eu sempre preferi ter aulas com os bons professores brasileiros que tive. Mas por que? Pelo simples fato de que: nada melhor do que alguém que teve as mesmas dúvidas que você para esclarecê-las. Veja bem: algumas coisas para os italianos são impossíveis de serem entendidas e/ou concebidas como dificuldades reais. Uma dificuldade que tenho percebido durante as minhas práticas de aulas é em relação ao uso dos pronomes em italiano, uma vez que, em português, geralmente não os usamos na fala quotidiana, porém,  a língua italiana é considerada uma língua pronominal, portanto, no falar, mesmo que comum, os pronomes serão utilizados em abundância.

Para um italiano é noioso (entediante) uma frase do tipo: Eu amo Florianópolis. Em Florianópolis  se come bem. Eu gosto de viver em Florianópolis.

Io amo Florianópolis.  A Florianópolis si mangia bene. Mi piace vivere a Florianópolis.

O que acontece? Troca-se “Florianópolis” por CI, que substitui um lugar (neste caso Florianópolis), e, a partir do momento que “Florianópolis” foi introduzida no assunto não se repetirá mais o nome da cidade em questão: Io amo Florianópolis. Ci si mangia bene. Mi piace viverci. Ou, ainda, em uma resposta: Chi ha mangiato la torta? L’ha mangiata Maria! (Quem comeu a torta? Maria a comeu).  E assim por diante… imagine qualquer tipo de conversa, coloque um tópico e, em italiano, esse tópico já introduzido sempre sempre substituído pelo pronome adequado. Mas, no dia a dia, nós, em português responderemos a pergunta: Quem comeu a torta? Simplesmente com “Maria” e, para nós, pelo contrário, pode soar “estranho” o uso do pronome em situações tão corriqueiras assim.

Claro, este foi apenas um pequeníssimo exemplo que escolhi dentre várias situações que vivi durante os meus anos de formação e também de ensino de italiano e não quero dizer, de forma alguma, que não é válido ter aulas com nativos, apenas acho que seria interessante termos a consciência de que há muita vantagem em buscar ter aulas com professores brasileiros e qualificados.

Lembrem-se que ao ter aula com um não nativo você, de certa forma, pode diminuir a sua vergonha em fazer perguntas, pois, possivelmente, o seu professor ou professora já teve a mesma dúvida, e, além disso, compartilhará com você uma maneira eficiente para saná-la.

Conte para mim, você tem/teve aulas de língua estrangeira com nativos ou brasileiros? Como foram as suas experiências?

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